A VITÓRIA DOS LOUCOS


                                Noite estrelada sobre o Ródano. Vincent Van Gogh, 
                                um dos loucos mais sublimes da história.
                           


Conversando com um amigo, autor da escultura que ilustra o post TDAH À FLOR DA PELE, ele comentou sobre aqueles loucos que atravessaram oceanos em barcos de madeira, sem nenhuma tecnologia, sem segurança e sem nenhuma certeza de retorno.
Fiquei pensando nisso.
Provavelmente estaríamos saindo das cavernas agora se não fossem os loucos, os temerários, os impulsivos.
O mundo move-se por conta dos arrancos dos que não temem acreditar nos seus sonhos, ainda que desacreditados pelos normais.
Se dependêssemos dos normais, dos que tem medo, dos que querem apenas segurança, pouco ou nada teríamos.
Claro, o índice de fracassos e decepções é enorme; mas as conquistas são únicas. Só existimos como nação por que um bando de loucos arriscou a vida atravessando um oceano desconhecido sem a menor garantia de sucesso. Assim foram quase todas as conquistas.
Volto ao tema do post citado acima: não precisamos da 'normalidade' precisamos aprender a aplicar tudo o que borbulha nas nossas cabeças.
Somos usinas ambulantes de ideias e inovações, precisamos transformar isso em ação, em concretude.
Tenho plena consciência de que o mundo mudou e que não há mais espaço para aqueles loucos românticos. Mas aí entra o tratamento, o auto conhecimento e o conhecimento da nossa doença. Não mataremos nossa criatividade, aprenderemos a direcioná-la em nosso benefício.
Apenas isso.
E isso é coisa pra caramba, muito trabalho, muita luta, mas também, muito reconhecimento.

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