O TDAH APRENDE COM SEUS ERROS?






O post anterior UM TDAH INVENCÍVEL, gerou uma conversa extremamente prazerosa e útil; nós portadores aprendemos com nossos erros?
Meu amigo Frank discordou dessa afirmativa: Segundo Kátia, aí estava a chave do meu depoimento e talvez da minha vida: a certeza dessa 'capacidade de me reerguer', faz com que eu não dê muita importância ou muito valor às derrotas da vida.
Frank defendia que ao contrário do que eu afirmei, sentimos muito nossas derrotas. Somos as nossas principais vítimas e sentimos cada gota de nossas quedas.
Aí entra  a segunda opinião, da amiga Anonima123, e ela levantou uma questão interessantíssima: sentimos as derrotas, mas as repetimos. Ou seja, não aprendemos com elas.
E nisso eu concordo plenamente.
Quantas vezes cometemos os mesmos erros? Ou erros muito similares?
Anonima123 lembra que sentimos demais as derrotas, mas não as analisamos detidamente. Rapidamente levantamos a cabeça e partimos pra outra. E em pouco tempo estamos repetindo os erros passados; afinal, em momento algum paramos pra analisar fria e detidamente aonde e por que erramos.
E assim levamos quase tudo na vida, aos trambolhões, ao sabor do impulso e das decisões tomadas no calor da situação.
E aí eu me pergunto: o que fazer pra mudar isso?
Como é parar e analisar fria e detidamente uma questão?
Ou ainda, como fazer para que as situações de derrota não ocorram?
Minha vida é permeada de surpresas desagradáveis; más notícias, faltas de sorte, sustos. As vezes penso: pqp, tudo acontece comigo! E acontece mesmo.
Quanta gente se aproveita das brechas da legislação de trânsito para não pagar multas? Pois é, ano passado contratei um advogado pra recorrer de umas multas, eu estava apertado, não tinha como pagar. O camarada recorreu, as multas desapareceram e eu fiquei felizinho. Resultado? Fui pagar os documentos desse ano, e as multas que eu julgava extintas voltaram a me assombrar. Mil reais de multa. E eu durinho!
Ai Jesus, que vontade de cometer um advogadocídio!!! Aí ele me veio com um monte de explicações que não interessam, mas morri na grana. Sem ter.
E isso se repete infinitamente na minha vida. Claro, a responsabilidade é toda minha, mas como fazer pra quebrar esse círculo vicioso?
Outro exemplo? Amor. Sou de uma intensidade vulcânica! Vivo me dando mal. Me arrebento, ou pior, arrebento os outros. Mas como ser de outra forma? Eu nem percebo, e se percebo, já é tarde. Eu não sei como as pessoas conseguem dosar sentimentos. Acho isso meio inexplicável. Já procurei pelo meu corpo um botão de regulagem da temperatura amorosa, mas não encontrei. Pelo menos baixo, médio e alto. Não.
Não tem.
Uma vez ouvi o padre Marcelo Rossi falar que amor é opção. Até concordei, afinal, se eu me fechar à outra pessoa  não vou amá-la. Mas uma vez que me permito amar, um tsunami de proporções bíblicas me arrebata e me atira a quilômetros de distância. Muitas vezes nas pedras.
E aí eu me pergunto: o que eu aprendi com isso? Nada. Absolutamente nada. Continuo à merce desse tsunami, simplesmente por que não consigo entender como frear isso.
Além de não ter botão de regulagem de temperatura, não tenho freios.
Aí eu peço ao Frank, à Anonima123 e a todos os que lerem esse post: como se faz pra aprender com os erros passados?
Inscrições abertas.

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