O TDAH E A PAZ DO DIAGNÓSTICO

O comentário de Walter Nascimento acendeu em mim a vontade de voltar a escrever sobre o tema do diagnóstico do TDAH. Em seu comentário Walter diz o seguinte: a descoberta e a certeza do diagnóstico do TDAH não mudaram quem sou, mas me trouxeram uma paz interior e uma compreensão maior de 'quem eu sou'.
Belíssimo comentário! E sempre oportuno, o momento da confirmação do diagnóstico é sempre muito doído, a pessoa se sente perdida...
Por mais que ela desconfie, que tenha certeza, saber-se portador de uma doença mental nem sempre é fácil de conviver. Eu, particularmente, amei. Eu me sentia um débil mental, um cretino, um idiota. Um cara auto destrutivo, incapaz de dar um mínimo de sentido à própria vida.
Ninguém muda ao saber-se TDAH, mas passa a entender-se, a entender suas atitudes, e abre uma grande possibilidade; a de perdoar-se.
É muito importante o auto perdão. O portador de TDAH é uma pessoa doente, não um cretino qualquer, um mal intencionado. Sofremos de uma deficiência química no cérebro e isso nos faz diferentes.
O comentário de Walter é muito bonito, e exorta a anônima que se diz cansada e desanimada a
procurar ajuda médica.
É isso aí, não tenham medo do diagnóstico ele é um momento doído, mas libertador, o diagnóstico nos abre uma porta para o passado, através de entendimento de nossas atitudes e escolhas, e outra para o futuro, que ao transpô-la, estaremos caminhando através de uma nova estrada em nossas vidas.
Procurem ajuda médica, não convivam com a incerteza, saber-se TDHA é uma libertação, tratar-se é reescrever a própria história.

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