TDAH


O que é o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade?
De acordo com a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA), o TDAH é um transtorno neurobiológico, com grande participação genética- ou seja, há a possibilidade de ser herdado-, que tem início na infância e que pode persistir na vida adulta, comprometendo o funcionamento da pessoa em vários setores. Caracteriza-se por três grupos de alterações: hiperatividade, impulsividade e desatenção.
Dr. Ênio Roberto de Andrade, coordenador do ambulatório de TDAH do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo em uma publicação “Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade: uma conversa com educadores” explica que o diagnóstico da doença deve ser feito por médicos com ou sem auxílio de uma equipe multidisciplinar, que pode ser composta de neuropsicólogo, psicólogo, psicopedagogo e/ou fonoaudiólogo.
O fator principal para qualquer diagnóstico num quadro psiquiátrico é o prejuízo causado à pessoa. Uma criança inquieta, falante, com bom desempenho escolar e relacionamento social adequado não é motivo para diagnosticar com TDAH.
Quais os sintomas e aparecem até que idade?
As crianças apresentam dificuldades de atenção, são inquietas, distraem-se facilmente com qualquer situação e barulho.
É comum escutar dos pais que são hiperatentos quando o assunto é de seu interesse. Esta atenção requer cuidados, pois não filtram o que captam, fixam-se nas informações pontuais.
Não  conseguem ficar sentados, falam muito, se mexem muito e também são impulsivos.
Os sintomas podem aparecer até os 12 anos.
Tem cura?
É uma transtorno totalmente tratável.
O tratamento com medicamentos: eficaz ou perigoso?
A parte boa é que existe medicamento (metilfenidato) que causa uma melhora significativa, mas todo remédio tem efeitos colaterais. Se houver um erro de diagnóstico não será possível sentir os benefícios da medicação.
Quais são os efeitos colaterais ao uso da medicação?
Possibilidade de a substância causar dependências, reações adversas no sistema nervoso central, como convulsões, alucinações, ansiedade, surtos de insônia, sonolência, piora na atenção na cognição, surtos psicóticos, alucinações. Algumas pesquisas relacionam-no a casos de suicídio.
Comportamento esperado no mundo globalizado ou diagnóstico de TDAH?
O mundo atual exige que as pessoas tenham raciocínio rápido, atenção múltipla, atue em diversas áreas, façam muitas coisas ao mesmo tempo, estejam sempre on-line e sejam agressivas nas questões comerciais e mercadológicas.
Esses comportamentos esperados nos adultos refletem precocemente nas crianças que assumem agendas sobrecarregadas.
Como a escola pode ajudar uma criança com TDAH?
Oferecer novas abordagens em sala de aula, buscar diferentes estratégias de trabalho, respeitar o critério de número de alunos em sala de aula,  olhar para os diferentes jeitos de aprender, respeitar aos diferentes ritmos e velocidade de aprendizagem.
Como os pais podem ajudar uma criança com TDAH?
Observar o filho, coletar informações, analisar o comportamento, a sociabilidade e aprendizado.
Compartilhar com equipe escolar o comportamento do filho/aluno e buscar uma avaliação clínica com profissionais especializados para identificar se a criança tem ou não a doença.
Seguir as recomendações dos profissionais que acompanham a criança.
Os dados citados neste artigo foram extraídos do texto Criança Arteira ou hiperativa? Eis a questão...  de Vagner Apinhanesi – guia escolas sp 2014.
Nossos educadores estão preparados para trabalhar com  novas abordagens em sala de aula e atender as crianças do século XXI?

Comentários

Postagens mais visitadas