UM TDAH EM ESTADO DE CHOQUE
Estou diante dele, em silenciosa expectativa.
Dessa vez será diferente, tenho praticamente certeza do que tenho..
Será possível que ele me reserva algum dissabor?
A imagem do desastre forma-se diante de mim.
Meu Deus, mais uma decepção!
Como sempre uma surpresa desagradável.
Imagens desconexas povoam minha cabeça.
Tento descobrir o que pode ter acontecido; do que eu esqueci.
Tento descobrir o que pode ter acontecido; do que eu esqueci.
O que fazer diante desse quadro caótico?
Mas por que sempre
que aqui chego tomo um choque?
Encontro-me num beco sem
saída.
Estático, indefeso, observo
a imagem diante de mim. Essa é a imagem
de um inimigo, de um adversário que teima em atirar na minha cara uma verdade
diversa daquela que eu imaginava.
Até quando essa realidade artificial vai insistir em
sobrepor-se à minha realidade?
Não posso ter errado de novo! Não, dessa vez não!
Tenho que tomar uma decisão; não vou me apequenar diante
do inimigo.
Engulo seco e o provoco novamente. A imagem muda, altera-se
apenas por instantes, e logo retorna ao mesmo quadro de doentia penúria.
Uma raiva intensa se apodera de mim, uma vontade de
agredi-lo, de massacrá-lo. Sua indiferença quase sarcástica me exaspera.
Não aguento mais isso!
Indignado arranco meu cartão e saio do banco desfiando milhares de
impropérios contra esse maldito caixa eletrônico que insiste em me apresentar
um saldo muito menor, muito inferior àquele que eu, de memória, achava que
tinha em conta.
Um dia ainda vou explodir esse desgraçado.
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