O DESASTRE DO TDAH
Minha dor é como um vulcão: inquieta, feroz, incandescente.
Minha mente é como um maremoto: bela, cruel e indomável.
Minha memória é como um tornado que a tudo arranca, tudo
arrasta, mas com o tempo perde a força e desaparece.
Minha vontade é como o furacão: às vezes arrasador, noutras
apenas uma tempestade tropical.
Minha ira é como o tsunami: tão forte que pode arrasar e
destruir o alvo. E levar junto a minha vida.
Meu equilíbrio é como o vento: hora pra lá, hora pra cá; e
quando a gente menos espera, ele muda de lado.
Meu autocontrole é como uma cachoeira: sinto muito, você
aproximou-se demais. Vai ser arrastado até o fundo...
Meu amor é como a enchente: tão grande que não cabe em mim,
transborda e pode inundar a vida alheia. Mas cuidado, muito cuidado, ele pode
matar afogado.
Minha impulsividade é como um terremoto: apenas um pequeno
tremor, ou pode abrir uma gigantesca fenda no chão e engolir a tudo e a todos.
Inclusive a mim mesmo.
Meus dias são como corredeiras: velozes, atribulados,
chocando-se o tempo todo com pedras em busca de um remanso qualquer onde curar
as feridas.
Minha vida é como a natureza: mesmo os dias mais lindos,
mais luminosos, guardam em seu bojo a semente da dor e do desastre.
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